Rio de Janeiro: Mercado imobiliário volta a crescer
O mercado imobiliário do Rio de Janeiro sempre foi destaque no cenário nacional.
Publicado em 02 de Agosto de 2022 às 11:13 AM

Apartamentos em Copacabana ganham destaque.
Após dois anos turbulentos no mercado imobiliário em que profissionais envolvidos no ramo viram a instabilidade bater na porta, o setor caminha a passos largos para a retomada econômica.
Para se ter uma ideia, na virada de ano de 2020 para 2021, a procura por imóveis na cidade do Rio de Janeiro caiu 15% em relação ao ano anterior.
O levantamento foi feito pelo Conselho Regional dos Corretores de Imóveis da 1ª Região/Rio de Janeiro, feito a pedido da CNN.
No início de novembro, a taxa de ocupação dos imóveis de temporada costuma girar em torno de 80% na capital fluminense. Porém, em 2020, a taxa ficou em 50% no mesmo período.
Os imóveis na Zona Sul foram os mais afetados pelas mudanças no réveillon.
O bairro de Copacabana, tradicionalmente o mais procurado pelos turistas, foi o que registrou uma das maiores quedas por causa da ausência de fogos, segundo o Creci-RJ.
A baixa procura e a estabilidade na oferta ainda impactou diretamente o preço das diárias, que sofreu redução de até 20% na capital.
Retomada do mercado imobiliário e turístico
Com a vacinação em massa da população brasileira e a flexibilização das medidas de segurança contra a Covid-19, a procura por imóveis de temporada para o Réveillon 2021/2022 aumentou.
Na cidade do Rio está 40% maior no comparativo com o mesmo período do ano passado. De acordo com o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-RJ), o cenário ainda é inferior ao período pré-crise.
A taxa de ocupação média por este tipo de locação ultrapassou a marca de 60%, mas para um período sem pandemia a expectativa é que já tenha ultrapassado os 80%.
O aumento na procura impacta diretamente nos preços das diárias, segundo o Creci-RJ, com alta de até 20% nos valores médios.
Perfil de turismo em Copacabana e no Rio de Janeiro em geral
O levantamento aponta ainda que a maioria dos turistas são brasileiros do Sudeste, Sul e Nordeste.
A pandemia estimulou o turismo doméstico e essa tendência permanece para a virada do ano com cerca de 80% de turistas brasileiros e 20% de estrangeiros.
O maior público são as famílias que desejam unidades de dois ou três quartos.
A Zona Sul continua como a preferida de quem deseja passar a virada do ano na capital, em especial se tratando de imóveis em Copacabana.
Ainda segundo a pesquisa, Copacabana, Ipanema e Leblon lideram o ranking dos locais mais procurados. Historicamente, os três bairros são os mais procurados, aponta reportagem do O Globo.
A reportagem cita a pesquisa da Emdoc, empresa de consultoria especializada em mobilidade global, que aponta: um dos destinos preferidos dos mais de 70 mil imigrantes que chegam ao Brasil é o Rio.
Em um ano, cerca de 500 famílias vêm morar na cidade. E quem chega busca endereços à beira-mar, seja na Zona Sul ou na Barra da Tijuca.
O crescimento da locação por temporada também pode ser observado na Barra da Tijuca. Com isso, o bairro entrou de vez no radar dos turistas que buscam passar alguns dias na capital.
Vale citar o Copacabana Palace como o eterno queridinho dos turistas. Além de ser um monumento municipal do rio, fica próximo ao forte de Copacabana e a outros pontos turísticos.
A orla é muito procurada para festa de réveillon conhecida por ser a maior festa de virada do ano do Brasil, bem como a que ocorre na baía de Guanabara.
Para quem deseja alugar, o CreciRJ lembra que as melhores oportunidades e negociações de valores são encontradas com antecedência. Então a dica é não deixar para última hora.
Mercado de apartamentos à venda em Copacabana também se recupera
Uma recente reportagem da Veja mostra um levantamento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro apontando a retomada do mercado imobiliário também na área de vendas de apartamentos.
A pesquisa mostra que o número de lançamentos imobiliários cresceu 20% apenas entre janeiro e maio, na comparação com 2020, trazendo de volta à cena carioca tapumes e canteiros de obras.
A interrupção nos lançamentos durante a pandemia gerou uma demanda reprimida.
Junto disso, a redução das taxas de juros dos bancos para o financiamento ajuda a explicar o sucesso de novas obras por toda a cidade.
Até o Centro, tradicional polo de escritórios, muitos agora vazios, está se saindo bem na comercialização de espaços residenciais.
Os compradores dividem-se entre os que adquirem o primeiro imóvel aproveitando as boas condições para financiar e os que desejam dar um salto de melhoria em busca de um apartamento maior.
O terceiro grupo são os investidores que confiam na valorização dos imóveis.
Novidades do mercado imobiliário do Rio
Outra opção são os estúdios - unidades menores sem divisão e com maior potencial para o aluguel. Estes estão na mira dos investidores.
Até 2019 eram proibidos por lei os estúdios em bairros nobres. Porém, uma mudança no Código de Obras do município alterou a regra. Agora, a lei atual prevê apartamentos de no mínimo 25 m².
A pandemia também alterou outro aspecto: os moradores querem mais área de lazer.
Ao passar mais tempo em casa, as varandas e playgrounds atraem. Além disso, as famílias buscam mais cômodos na casa para organizar um escritório.
Zona Sul é destaque no Rio de Janeiro
Reportagem do O Globo aborda a pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que aponta que o setor pretende fechar o ano com R$ 195 bilhões em crédito imobiliário liberados, 57% a mais que o recorde de 2020, quando esse total foi de R$ 124 bilhões.
De acordo com o Sindicato da Habitação (Secovi Rio), este foi o melhor primeiro semestre desde 2014 para as vendas de imóveis. E o segundo semestre está ainda mais aquecido.
A Zona Sul ganha destaque. O levantamento aponta que a região teve 4.427 unidades negociadas de janeiro a junho deste ano, alta de 87,5% na comparação com o mesmo período de 2020 (2.361 unidades).
Copacabana lidera a lista com 1.135 transações imobiliárias. Em seguida vem Botafogo com 625, e em terceiro o Leblon com 418. Os dados analisados pelo sindicato têm como base o recolhimento do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
O vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider, afirma para O Globo que a Zona Sul é a maior referência do segmento imobiliário em relação a desejos e a upgrade, uma vez que é possível estar perto da praia e de parques, comércios e shoppings, entre outros benefícios.
A procura por imóveis em Copacabana não é à toa. Excelente localização, pertinho da praia de Copacabana, atrai olhares de famílias do mundo todo que desejam fixar moradia no Rio de Janeiro.
Excelentes apartamentos com ótima estrutura contando com ar condicionado, banheiro social, sala, cozinha, banheiro e quartos são o alvo dos compradores.